Gás fiado: Vale a pena vender?

A prática de vender fiado ainda é muito comum em algumas regiões, especialmente em cidades menores. Nessas cidades, é normal a população também ser menor, o que facilita a conversa e estimula essa prática, pois todo mundo acaba se conhecendo e a chance de alguém sair prejudicado é menor. Mas, será que vale a pena vender gás fiado?

A venda de gás é um serviço muito presente em todas as cidades, e que movimenta bastante dinheiro. Nesse artigo, explicaremos o por que a prática de venda de gás fido nã é uma boa ideia e por que não vale a pena.

Alto índice de calote

Um dos maiores problemas que tornam a venda de gás fiado uma má ideia, é a possibilidade de calote por parte dos clientes, principalmente nas grandes cidades, onde é mais difícil encontrar essas pessoas e cobrar os valores devidos.

O calote é justamente quando uma pessoa fica devendo algum estabelecimento e nunca paga, mesmo após receber o produto. Na venda de gás fiado, essa é uma possibilidade bastante grande.

Imagine só vender um ou mais gás de cozinha, e a pessoa pedir para “anotar na conta”, e nunca mais pagar? Ninguém quer passar por isso, e esse é um dos motivos mais importantes do por que o gás fiado não vale a pena.

Fluxo de caixa

Mesmo que o cliente dê a palavra e garanta que vai pagar, a venda de gás fiado é uma ideia ruim pois pode atrapalhar o fluxo de caixa, justamente por conta dessa incerteza de quando esse dinheiro será recebido.

Para que o fluxo de caixa seja controlado e organizado, inclusive das distribuidoras de gás, é importante que todos os pedidos sejam anotados e computados. Com essas informações, a empresa pode se organizar para pagar as contas, os salários dos funcionários, comprar mais botijões de gás, melhorar o espaço do estabelecimento, entre outras coisas.

Sem a informação de quando o dinheiro do fiado irá chegar ao caixa da distribuidora, essa organização será dificultada, possibilitando que a empresa tenha dificuldades em fechar as contas no azul.

Em tempos de crise econômica, em que o poder de compra da população está menor, enquanto os custos de manutenção do estabelecimento continuam o mesmo, o gás fiado pode, inclusive, levar a distribuidora a perder totalmente o controle do fluxo de caixa, resultando no fechamento do comércio.

Imagine só, em 2021, em que o mundo está completamente parado por conta da pandemia do novo coronavírus. O serviço de entrega de gás continua sendo essencial, mas não dá pra saber se o poder de compra da população vai ser o suficiente para suprir as demandas internas.

Dessa forma, em uma crise como essa, a venda de gás fiado deve ser totalmente evitada. Controlar o fluxo de caixa e saber exatamente todo o dinheiro que está entrando e saindo é fundamental para que a empresa consiga se manter ativa.

Outras opções do que vender gás fiado

O gás de cozinha, atualmente, está com o valor bastante elevado, principalmente por conta da inflação e dos problemas financeiros que o Brasil enfrenta. Mesmo que seja um item durável, em algumas situações pode aguentar um mês de uso, sendo necessário repor no mês seguinte. Com isso, é uma compra que pode prejudicar o controle financeiro dos clientes.

Dessa maneira, já que não é recomendado vender gás fiado, é importante dar para os clientes soluções para que eles possam comprar os botijões de gás sem sufocar a sua saúde financeira.

Mais opções de pagamento

A primeira ideia que pode ser utilizada para beneficiar os clientes, fazendo com que eles tenham condições de se planejar para comprar os botijões, sem prejudicar sua saúde financeira, é dar uma variedade de opções de pagamento.

Entre as principais opções, estão o dinheiro vivo, cartões de crédito e débito, e até pagamentos em cheques.

As opções de crédito e cheque, por exemplo, podem ser parceladas, fazendo com que as pessoas paguem um valor dividido pelos meses seguintes. Aí, cabe a elas gastar o menos de gás possível durante esse período para que não tenham que comprar um novo logo em seguida.

Maior prazo para pagamento

Outra ideia interessante para ajudar os clientes na hora da compra, é estipular um prazo maior para finalizar o pagamento das compras de gás de cozinha. Claro, é importante estabelecer um limite, mas com esse limite estipulado, a distribuidora pode se organizar melhor em relação ao seu fluxo de caixa.

Essa ideia é interessante principalmente para grandes compradores, como as indústrias, por exemplo. Nesses e em outros estabelecimentos, a compra dos botijões é feita em maiores quantidades, o que naturalmente aumenta o valor total da venda.

Dando esse prazo maior para o pagamento final dessa compra, os clientes podem também se organizar melhor, realizando os pagamentos nos prazos estipulados, sem que seja necessário sufocar suas saúdes financeiras.

Deixe claro que não vende gás fiado

Como percebemos, a venda de gás fiado não é uma ideia interessante, principalmente nas grandes cidades, tanto em tamanho quanto em população. 

Para evitar o constrangimento de ter que explicar para o cliente que a empresa não trabalha com gás fiado, é importante deixar claro logo no primeiro contato que não existe essa possibilidade.

Por isso, posicionar placas logo na entrada do estabelecimento, identificando as opções de pagamento possíveis, a possibilidade de aumentar os prazos de pagamento e, principalmente, deixar claro que a distribuidora não trabalha com a venda de gás fiado, é fundamental para evitar uma conversa constrangedora.

Além disso, ser verdadeiro e direto com os clientes é muito importante para gerar confiança e aumentar a possibilidade do cliente comprar outras vezes com a distribuidora, por isso que esses e outros avisos sobre os pagamentos são tão importantes. 

Conclusão sobre gás fiado

Podemos concluir com o artigo que, na grande maioria das vezes, a venda de gás fiado não vale muito a pena, muito por conta do tamanho desse tipo de negócio. A venda fiada é uma prática que ainda é recorrente em algumas cidades em que a população é menor, mas isso pode trazer uma série de prejuízos, ainda mais em uma crise econômica em que o mundo inteiro está vivendo por conta da pandemia do coronavírus. Dessa forma, buscar outras soluções de pagamento, aumentar prazos, ser franco com o cliente, entre outras coisas, são formas mais interessantes de conseguir o pagamento das vendas dos botijões.

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